sexta-feira, 22 de abril de 2011

Calunga Nzambi.



Obá Oyá obá

Salve todos orixás

Salve a minha mãe Iemanjá

Xangô

Orixá do fogo e do trovão

Manda chuva e traz a fogueira que é pra anoitecer.

Oxumaré coloriu o céu, arco íris traz transformação.

Oxalá disse pra ter fé.

Que erê tá chegando, Oxum já me disse que dá

Ogum, já tá na batalha.

Toma o chá que Ossaim preparou das folhas sagradas

Oxalufan, Oxalufan

Orixá da sabedoria

É com Nzambi, é por Nzambi, e é só Nzambi

Meu zumbi dos palmares.

Oferendas para Exu, assim vou ser sempre mais eu, que meus inimigos.

É de corpo fechado por Deus.

Coração sempre aberto meu pai.

Traz pra vida quem só quer viver.

Viver fora disso é loucura.


Vai de volta Maria

Vem a pé outra vez

Sol raiou já é dia

Tá de pé outra vez

Sonha em ver sua filha

Mas talvez, não há vez

Já viveu alegria

Veio o tempo e desfez

Vai pra casa Maria

É meio-dia, já tá pronta pra deixar

Sua vida vazia, ficou pra fora, agora apronta o jantar

Lava roupa Maria, esfrega tudo, espera no varal secar

Passa roupa Maria, e deixa tudo pronto pra sujar

A casa, quem casa, pra casa, tem dois filhos pra cuidar

Imensidão do Paraíso.


Uh Boi!

Ae Boi

Terra de gado sim senhor

Mato cerrado

Chuva molhada

Seca rachada

Ae Boi!

Arara que avoa

A onça que caça

Corre capivara

A noite chegou

Ae Boi!

Na trilha comprida

Matula no lombo

Dá duro na lida

Sol do meio-dia

Ae Boi!

Esse é o meu pantanal

Tem nossa senhora

Vazão de nascente

Tem cheia e maré

Ae Boi!

A maré sempre cheia

O Mar de Xaraies

Imenso mar interior

Imensidão do paraíso

Uh Boi!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Abraça!


Só não tira meu mundo de mim.

A vida de palco iluminado

Já cansei de falar

Ficou sem teto

Sentou sem chão

Cantou chorando

Alegria e solidão

Só fala de amor

Mas nunca de amar

Agora me vou

Que tenho que trabalhar

Sete da matina em pé

Sem café

Sem dó

Nem mi

Nem ré

Nem lá

Nem sustenido pra harmonizar

Diminuto num minuto

Tenso pra vida

Pula nego

E abraça!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Vou viver ai te ver.


O que se aprende, é preciso rever
O que se toca, basta sentir
O que se passa, tente entender
Se te prende, faça soltar
É só tentar, se um dia querer
Voar mais alto, pular sem pensar
Ao passo do pequeno
E de coração intenso
Se mostra rubro, robusto e forte
A chave, o vento trás
Que te abre pro mundo
Mas então, se por fim nào mais
Já nem sabes de como eu ando
De plenitude relevante
Em alto relevo
Estando leve e feliz
Por um triz, se quis
De muito perto ficar
De pouco, um tanto a olhar
Te tanto, pouco a decidir
E de muito se deixar levar

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O que te conduz.

É dia de luz
O dia de luz
Que te conduz
A vida inteira

E de mais brilho
E de maisl clareza
Vai "raiá" no horizonte
No céu de mar
Pássaro de certeza
Vai pro norte pra ver
A nova leve brisa
Que vai te arrebater

É dia de luz
O dia de luz
Que nos conduz
Vem dá pureza

De que adianta o chão
Se eu posso voar
De que adianta a linha do mar
Se eu posso alcançar
De vento breve, leve tudo com você
Vem abençoar, e só com muita fé vai virar

O sol já apareceu no horizonte
É tempo de seguir caminho
Cada um sabe a sua história
Cada um constrói seu ninho

É dia de luz
O dia de luz
Que vai guiando
Enquanto o mundo dá voltas
E volta!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Passou.


Quando você aproveita o tempo, ele passa.